6 de ago. de 2007

Niède Guidon - Parque Nacional da Serra da Capivara

Niède Guidon é uma arqueóloga brasileira.

Há anos, a arqueóloga trava uma luta solitária para obter mais recursos para o parque e transformar a região num pólo turístico, levando desenvolvimento sustentável para uma das áreas mais pobres do país.


Formada em História Natural pela USP, trabalhou no Museu Paulista, quando tomou conhecimento do sítio arqueológico de São Raimundo Nonato no Piauí, no ano de 1963.

Especializou-se em Arqueologia pré-histórica, pela Sorbonne, e especialização pela Universidade de Paris I.

Desde 1973 integra a Missão Arqueológica Franco-Brasileira, concentrando no Piauí seus trabalhos, que culminaram na criação, ali, do Parque Nacional Serra da Capivara


Impacto

Além de ser a principal responsável pela criação do Parque Nacional da Serra da Capivara, Niède conseguiu localizar 400 sítios arqueológicos, 260 deles com desenhos rupestres. Destes, mais de 35 000 imagens já foram catalogadas e estão preservadas. O projeto educacional da FUMDHAM já implantou três Núcleos de Apoio à Comunidade, que dão atendimento de saúde e proporcionam educação a adultos e a 450 crianças de 4 a 12 anos das cidades em volta do parque.


EFICIÊNCIA

A parte social do trabalho da arqueóloga - as escolas rurais são geridas pela fundação, os cursos de alfabetização de adultos, as oficinas de cerâmica e o projeto de apicultura - contam com apoio financeiro da organização italiana Terra Nuova.

O Parque Nacional da Serra da Capivara é financiado pelo Ibama, mas as verbas são escassas. Por causa disso, Niède vem construindo um projeto para levantar 105 mil reais por mês com empresas privadas, quantia necessária para a manutenção da estrutura e da segurança já existentes no parque e para a criação de outros benefícios necessários. "É preciso, por exemplo, que tenhamos uma vigilância porque agora a fauna nativa está voltando para o Parque. Mas ela ainda é muito frágil e precisa ser preservada com cuidado", explica Niède.

Além das passarelas que estão sendo construídas e da iluminação para facilitar a visão dos sítios arqueológicos e evitar que eles sejam tocados, Niède ainda supervisiona a abertura de estradas, a construção de centros médicos e as obras de infra-estrutura. A longo prazo, a arqueóloga pretende criar um fundo internacional que ajude a manter o Parque. Segundo Niède, ele deverá atrair turistas e estudiosos do mundo inteiro e poderá abrir mais de 300 empregos em uma região carente de desenvolvimento.


Sua Luta:

Em reportagem a O Globo, edição de 26/12/2004, ela revela: ‘Em dez dias foram presas oito pessoas armadas, algumas com rifles, andando pelo parque. Como vamos desenvolver turismo desse jeito? Além disso, as obras do aeroporto que deveria estar concluído em abril de 2005, não avançam, embora tenham sido liberados R$4 milhões. Sem aeroporto não se pode fazer nada.’

Num gesto de abnegação, ela diz: ‘O que importa não sou eu, é a Serra da Capivara, esse patrimônio maravilhoso que pode mudar a vida de todos os miseráveis daqui.’

São milhares de pinturas rupestres feitas pelos primeiros homens americanos com datas ente 10 e 100 mil anos e que estão prontas com passarelas, iluminação, guias especializados. Um patrimônio fruto de mais de 30 anos de pesquisa e luta pessoal da arqueóloga e da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham) com sede em São Raimundo Nonato-PI.

São 129.140 hectares de parque abrigando mais de 700 sítios arqueológicos (500 deles com pinturas rupestres).

Com o turismo toda a região seria beneficiada, há programas sociais e educacionais planejados e uma mudança de patamar para a miséria da região. A mudança social seria rápida.

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Por favor, não desista!!!

Veja Mais:

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=26221

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ni%C3%A8de_Guidon